Análise do videoclipe Pretty hurts-Beyoncé

    







 O videoclipe da Beyoncé “Pretty hurts” foi lançado em 24 de Abril de 2014.  Apresenta questões relacionadas à pressão da sociedade em relação à beleza e aos padrões estéticos, explora os desafios enfrentados por muitas pessoas, especialmente as mulheres.

Explora o conceito de beleza de maneira polissêmica. Por um lado, mostra a pressão da sociedade para atender aos padrões de beleza impostos, o que pode causar danos emocionais e físicos. Por outro lado, retrata a obsessão pela aparência física como algo superficial e acaba por reafirmar a ideia de que beleza vem de dentro, dando origem a interpretações e perspectivas distintas sobre o assunto.


Um concurso de beleza, com várias etapas para serem alcançadas, nisto vê se também os procedimentos estéticos e as competições físicas. Que simbolizam os sacrifícios que as pessoas fazem na busca da perfeição.


A dualidade entre a imagem pública glamorosa de Beyoncé durante o concurso e os momentos mais privados e vulneráveis destaca a desconexão entre a aparência externa e o estado emocional interno.

Este contraste enfatiza a ideia de que a busca pela perfeição pode levar a uma falta de autenticidade e felicidade genuína.


Beyoncé é mostrada em momentos de autorreflexão, o que sugere uma jornada interior de auto descoberta e aceitação. Destaca a importância de olhar para dentro, em vez de se concentrar apenas na imagem externa, como um caminho para a verdadeira realização.


O videoclipe desafia ativamente os padrões tradicionais de beleza ao expor os bastidores do processo de conformidade, revelando a artificialidade por trás da perfeição.


O videoclipe não apenas critica os padrões de beleza, mas também transmite uma mensagem de empoderamento.


A estética visual varia de cenas brilhantes e glamorosas a momentos mais sombrios e reflexivos, reforçando as diferentes facetas pela busca de perfeição.


A variação de tons visuais pois o videoclipe emprega uma paleta de cores variada para transmitir diferentes emoções.

A direção de arte destaca a artificialidade e a pressão por trás dos padrões de beleza ao mostrar cenas de procedimentos cosméticos, dietas rigorosas e competições físicas. Essas imagens contribuem para a desconstrução visual dos ideais de beleza tradicionais.


A escolha dos cenários simbólicos é cuidadosamente pensada para transmitir mensagens simbólicas. Por exemplo, os palcos do concurso de beleza representam a plataforma onde as pessoas se expõem à avaliação pública, enquanto os momentos íntimos ocorrem em ambientes mais pessoais e introspectivos.


A mudança no figurino, passando de peças glamorosas do concurso para momentos mais simples e autênticos, destaca visualmente a dualidade entre a imagem externa desejada e a verdadeira identidade.

 

A presença de símbolos de beleza idealizada, como coroas e faixas, é utilizada como representação dos  padrões que as pessoas são incentivadas a alcançar. A desconstrução desses símbolos ao longo do vídeo reforça a crítica aos estereótipos de beleza.


O videoclipe incorpora elementos simbólicos, como espelhos e reflexos, para destacar a importância da autoimagem e reflexão. Esses elementos visuais ajudam a contar a história de uma busca interna por identidade e aceitação.


Ao seguir analisando o clipe, podemos citar outro momento marcante, esse ocorre durante a cena da cirurgia plástica, onde Beyoncé se submete a procedimentos estéticos. Essa imagem chocante destaca a extensão das medidas extremas que algumas pessoas estão dispostas a tomar para se adequarem aos padrões impostos. A análise dessas cenas revela a crítica direta à indústria da beleza e à sua influência prejudicial na autoestima das pessoas.


Algo possível de se analisar também é a escolha por mostrar a imagem da Beyoncé criança, enfatizando a formação desses ideais desde cedo, destacando como a sociedade molda percepções de autoimagem desde a juventude.

 

A letra da música e o vídeo, infelizmente são muito atuais, é trivial que o ser humano nunca está satisfeito e que o exterior ainda tem sido prioridade em relação ao interior.

Temos no momento de espera para seleção, a Beyoncé a tomar comprimidos que é obviamente ligado a perda de peso.

Até que chega a fase em que Beyoncé foi classificada em 3 lugar e o Júri pergunta:

Qual é a sua aspiração da vida?

Nesse instante ela imagina todo o sofrimento que ela passa, momentos de ansiedade, pressão, até ao que supostamente todos os que participam de um concurso querem, que é ganhar, ter vários troféus, medalhas, como mostra o vídeo, porém, será que isso a faria feliz, será que estaria satisfeita?!!! 

Sabemos que nunca estamos satisfeitos, queremos sempre mais, em seguida ela responde: “Be Happy” e uma cena da mesma a destruir o cenário de troféus que almejava. Logo várias cenas problemáticas a Beyoncé com bulimia, a outra participante de vestido amarelo que aparece no vídeo a comer algodão, em seguida a Beyoncé a fazer um procedimento estético, enquanto sobe a música de forma mais intensa que diz: A beleza dói, iluminamos o que temos de pior, a perfeição é uma doença da nação”  Recorre-se a vários procedimentos estéticos, cirurgias, para “sentir-se bem” “melhorar a autoestima”, mas na verdade “É a alma que precisa de cirurgia”.




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